quarta-feira, 27 de março de 2013

Promoção da Página do Facebook- Dicas de Livros (Bookaholics): Concorra ao livro "Bullying - Matando Aula do autor L. L. Santos






 PARA CONCORRER, SIGA AS REGRAS:


 - Curta a página do autor no Facebook;https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804

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 - Residir no Brasil.

SORTEIO DIA 13/04/2013

*Caso o primeiro sorteado não siga as regras, será desclassificado e o sorteio será refeito até encontrarmos o próximo ganhador.

**Caso o sorteado não entre em contato em 48 horas após o sorteio, sortearemos de novo.

***O ganhador terá 48 horas para mandar o link do compartilhamento.

****Caso haja falhas no aplicativo escolhido para o sorteio, a promoção será refeita.


BOA SORTE!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Resenha: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista



Título: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista (ufa!!)
Autora: Jennifer E. Smith
Editora: Galera (Record)
Classificação: 3/5 (bom)



Sinopse: " Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia."











A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista cumpre o que promete. É uma leitura rápida e fluida que nos leva ao mais profundo conhecimento sobre Hadley.
A princípio, eu estranhei pelo fato de ser narrado em terceira pessoa. É obvio que já li livros desse jeito antes, mas fazia um tempo que isso não ocorria então demorei um pouco para me adaptar. No entanto, mesmo sendo em terceira pessoa, nós só temos acesso às reflexões e diálogos pessoais da Hadley, sobre o nosso queridinho Oliver, podemos apenas suspeitar o que se passa na mente dele.
Não é um livro ruim, mas também não direi que foi um dos melhores que já li do gênero. Como eu disse, é uma leitura rápida que você finaliza em questão de horas e para quem está afim de romance, irá se decepcionar um pouco; não que não tenha romance, é claro que tem! Ele apenas não é o foco principal da história.
A autora soube pôr em cheque todos os sentimentos conflitantes da protagonista e nos faz avaliar que nossos problemas, comparados aos problemas dos outros são mínimos. Nos faz refletir e parar de pensar apenas em nós mesmos, dando a ideia de que o mundo realmente não gira ao nosso redor.
Tudo começa quando Hadley chega atrasada no aeroporto e por 4 minutos, perde o seu voo  Nesse caso, é impossível eu não comparar com o livro 5 Minutos do autor brasileiro José de Alencar – o protagonista perde o ônibus e é somente por conta desse atraso, que ele conhece o amor de sua vida, - tudo bem, a ideia da autora ter lido 5 Minutos soa distante, mas é apenas uma comparação que rapidamente chegou em minha mente.
Já no aeroporto, cheia de sentimentos conflitantes em relação ao casamento de seu pai, a mocinha conhece Oliver, um britânico gentil e Nerd com um charme adorável e aí as faíscas começam a rolar.

Durante toda a história, há passagens sobre eventos que ocorreram no passado da protagonista, geralmente numa de suas lembranças do tempo em que seu pai ainda era casado com sua mãe e vivia com ela. Sobre esse assunto, só tenho a dizer que me identifiquei muito com ela.
No livro não há frescura, não há ataques de pelanca e nem crises sem sentido de choros. É adolescente? Sim. Mas a personagem principal tem uma maturidade que dá inveja e mesmo infeliz por dentro e com a cabeça conturbada, ela aceita o fato de que, infelizmente, seu pai está feliz e não é com sua mãe.
Já em relação ao Oliver, definitivamente tudo que eu posso dizer é que realmente foi à primeira vista. O diálogo entre os dois é incrível e houve um determinado momento, em que lágrimas saltaram meus olhos. Mesmo não tendo muito acesso ao ponto de vista dele, em certo capítulo você é capaz de sentir a dor dele, perante a um acontecimento trágico.

Para mim o final deixou um pouco a desejar. Ocorreu tudo muito rápido e eu achei que a autora poderia ter estendido mais ou tê-lo escrito de um modo diferente, mas não acho que isso estragou a história.
Enfim, A Probabilidade Estatística do Amor á Primeira Vista é um livro leve, contudo recheado de autorreflexões que também servem para o leitor, e que deixa a todos com um gostinho de quero mais no final.
Super recomendo!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Harry Potter (Curiosidades)

Pessoal ,visitando alguns blog que adoro, encontrei esse post que eu AMEI no blog Paixão Literária e resolvi dividir com vocês! São 10 curiosidades sobre Harry Potter que muitas pessoas não sabem ( Pelo menos eu não sabia! ) e que são muito interessantes!


1 - Quando Arthur Weasley leva Harry Potter e seus amigos ao Ministério da Magia, eles tem de digitar os números de um código secreto num telefone. Arthur digita os números 62442. As letras abaixo desses números no teclado de um telefone normal soletram a palavra “magic”.


2 - Se um trouxa avistar Hogwarts, ele veria apenas uma velha ruína com um cartaz escrito “Entrada probida. Prédio perigoso”.



3 - Natalie McDonald, do livro Harry Potter e o Cálice de Fogo, foi uma pessoa real. Era uma garota de nove anos. Residia em Toronto, no Canadá, e possuía leucemia. Ela escreveu uma carta a J.K Rowling perguntando o que aconteceria em seguida nos livros de Harry Potter, pois não poderia viver o bastante para conseguir lê-los. J.K respondeu à menina, mas esta faleceu um dia antes da chegada do e-mail. Em homenagem, J.K tornou Natalie uma estudante do primeiro ano de Hogwarts, sendo escolhida pelo chapéu Seletor a entrar para a Grifinória – a casa dos corajosos. Mais tarde, quando J.K foi ao Canadá para uma tour promocional de Harry Potter, visitou a família da menina.



4 - O símbolo do Patrono de Hermione é uma lontra, porque J.K Rowling adora lontras, e se vê muito em Hermione.



5 -  O motorista e o condutor do Nôitibus levaram os nomes dos avós de J.K, Ernie e Stanley (Ernesto e Stanislau na versão em Português).



6 -  Os irmãos gêmeos Fred e George comemoram seu aniversário no Dia da Mentira: 1º de Abril.



7 - Sirius Black ganhou este nome devido à estrela mais brilhante do céu noturno, que é Sirius, ou também conhecida por “A estrela do lobo” (The Dog Star).



8 -  Lilly Evans é o nome da mãe de Harry antes de casar-se com James Potter. Ela não tem parentesco algum com o personagem Mark Evans.



9 - Dementadores não se reproduzem, mas crescem - assim como fungos - onde há tristeza.



10 - Dumbledore é uma antiga palavra Inglesa para “abelhão”. J.K diz que combina perfeitamente para ser o cabeça de Hogwarts, por ser inteligente assim como um abelhão.



Camila Vettori  =]

 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Confiram trechos da sequencia de " O que você quiser - Envolvida por um bilionário "


A sequencia do livro " O que você quiser - Envolvida por um bilionário " vai ter como titulo " Anything He Wants: Castaway " e tem previsão de lançamento para o dia 18 de Março. A autora Sara Fawkes está disponibilizando alguns trechos em seu blog

Confira alguns trechos traduzidos:


TRECHO 1 
" Jeremiah grunhiu, e quando ele se moveu eu tornei-me consciente de sua proximidade. Por maior que fosse a vontade de tocá-lo, poderia muito bem haver um muro entre nós. Ele estava a menos de cinco metros de distância, mas nenhum de nós daria o primeiro passo. Finalmente, Jeremiah falou “Quando eu soube que encontraram um dos meus condutores amarrados no barracão, eu sabia que algo havia acontecido. Quando me disseram que você não estava em casa, então Jared foi encontrado inconsciente, eu não podia…”
Jeremiah parou, e eu vi várias emoções passarem por seu rosto. A máscara se foi, e ele parecia lutar com as palavras. “No momento que começamos a seguir o carro, ele já havia parado de se mover, e quando chegamos todos dentro já haviam ido. Você tinha ido.”
“Então o que você fez?” eu sussurrei, mal conseguindo respirar.
Ele olhou para mim, olhos verdes brilhando na luz fraca. “Movi céu e terra.”

TRECHO 2
 " Lucy. Ele não conseguia sequer dizer seu nome sem ofegar. Tudo o que ele queria fazer era destruir o carro, soltar seus segredos, mas não serviria de nada. Raiva impotente o atravessou, não havia nada que ele pudesse fazer até descobrir mais. Seus homens eram bons — ele só contratava os melhores — mas necessitavam de tempo e um minuto já era muito.
Todas as escolhas do dia vieram abaixo ao mesmo tempo. Como podia ter deixado Lucy sozinha em seu quarto, ignorando suas ligações, sendo tão arrogando ao ponto de acreditar que o perigo havia passado. Era um covarde, fugindo de três palavras. Agora olhe o que sua estupidez causou.
Lucy.  Ainda podia cheirar sua pele. Ela lhe deu sua confiança, admitiu timidamente seus verdadeiros sentimentos por ele, e ele a havia jogado aos lobos. Deus…
Não podia respirar. Enquanto seus homem se concentravam na limusine, Jeremiah andava de um lado a outro e lutava por controle. Obrigou-se a respirar fundo, segurou na porta, apoiando sua face contra a janela. Seus punhos apertados enquanto chupava o ar, a emoção dolorosa em seu estomago quase impossível de suportar. Seu rosto apareceu em sua visão, os grandes olhos azuis irradiavam uma confiança em seu coração que Jeremiah nunca percebeu que precisava. Se foi. Tudo se foi. "

TRECHO 3
"  Crack!
Minha mão golpeou o rosto de Jeremiah, parando tudo o que ele estava a ponto de dizer. O golpe o sobressaltou; Jeremiah piscou para mim um par de vezes antes de soltar meus braços. “Se sente melhor agora?” ele disse, franzindo os lábios em uma linha fina.
Minha bofetada foi realizada em um angulo ruim, sem nenhuma força por trás dela. Seu tom cruel me irritou novamente. Não,” eu respondi, e, apertando meu punho, lancei meu braço em forma de gancho, aterrissando justo em sua mandíbula. "


TRECHO 4
 “Estou curioso,” disse Lucas como se eu não tivesse falado, “sobre o que meu irmão viu em você.”
Meu sorriso desapareceu, assim como qualquer paciência para lidar com o homem que estava a minha frente. “Pode sair agora,” disse, caminhando pelo quarto e abrindo a porta. “Eu gostaria…”
Fiquei surpresa quando dei a volta e o encontrei a alguns passos atrás de mim; não ouvi seus passos. Sobressaltada, retrocedi um passo e fiquei entre as portas do banheiro e do quarto. Lucas deu um passo a frente, muito perto de mim para meu gosto, e coloquei uma mão sobre seu peito para mantê-lo longe.
Foi algo curioso, ter esse homem lindo tão próximo. O cheiro de álcool vindo dele era mais como um leve perfume, nada parecido com o fedor que eu esperava. Sob minha mão, senti os músculos, sua pele quente e seda, e engoli.
Dedos empurraram uma mecha do meu cabelo de minha face, correndo ao longo de minha teste, e tremi. Me pressionei contra a parede e ele me seguiu, somente com minha mão para mantê-lo a distância. “Você é linda,” ele murmurou, mergulhando seu rosto próximo de minha têmpora. Hálito quente fluiu contra minha bochecha. “E inteligente  E destemida. É isso que meu irmão viu?”

Fonte 

Camila Vettori =]


quinta-feira, 7 de março de 2013

Irresistível - Sylvia Day

Um novo livro da autora da Série Crossfire, Sylvia Day, será lançado no Brasil em breve! O titulo do livro é " Irresistível " (Seven Years To Sin) e será lançado pela Hamelin, um novo selo da Lafonte, no final de março ou começo de abril (essa é a previsão). Esse é um livro único, cujo a autora diz ser de onde ela tirou inspiração pra escrever a Série Crossfire (que eu amo de paixão *.*), mas que as histórias não tem nenhuma ligação.



Sinopse: 
"Quanto mais tempo resiste…
Há sete anos, na véspera de seu casamento, a recatada Jessica Sheffield presenciou uma cena de libertinagem que nenhuma jovem inocente poderia imaginar. Escandalizada, mas estranhamente excitada, ela guardou silêncio com respeito ao escandaloso Alistair Caulfield, e andou para o altar da igreja como esperavam. Mas durante anos de um casamento sereno e tedioso, a imagem de Caulfield ardeu em sua imaginação, alimentando seus sonhos mais ilícitos…

…Mais doce é a recompensa.

Alistair fugiu para longe da tentação da recatada debutante com o fogo da paixão gravado em seus olhos…. até o Caribe. Agora um comerciante rico, ele pouco tem em comum com o jovem libertino que ela conheceu. Mas quando Jessica, recém enviuvada, sobe a bordo de seu barco para cruzar o oceano, somente algumas peças de seda controlam sete anos de prazeres reprimidos… e a certeza de que sucumbir consumirá a ambos… "


Não vejo a hora de ler...

Camila Vettori =]



terça-feira, 5 de março de 2013

Entrevista com Carina Rissi

Carina Rissi, autora de Perdida e Procura-se um Marido, topou nos dar uma entrevista via e-mail. Logo que soubemos disso pedimos aos seus fãs que participassem. O resultado foi essa entrevista super legal e cheia de novidades. Esperamos que gostem!


 Olá Carina, obrigada por nos conceder essa entrevista. (Totalmente sem pressão e sem ameaças de sequestro... hihihi)
Hahahahahaha Eu que agradeço, meninas!




Vamos começar pela pergunta mais enviada pelos seus fãs:
BLE - Os seus leitores são fissurados em "Perdida", nós inclusive. Qual é a previsão de lançamento de "Perdida 2"? Você pode adiantar algo sobre o livro, uma fofoquinha básica?
Carina Rissi Antes de qualquer coisa, preciso agradecer ao carinho de todos. Esse apoio e incentivo incondicional me motivam a querer escrever cada vez mais e melhor. Muito obrigada de coração, galera!
Bom, eu ainda estou escrevendo o livro, então fica difícil apontar uma data. Devo terminar esse projeto em junho ou julho, se tudo correr bem, aí é com a editora, que é quem decide o momento certo de lançar o livro. Tenho esperanças de que o Perdida 2 saia ainda esse ano.
Não posso contar muito, porque eu ainda não sei como a história vai se desenrolar (bom, eu sei, mais ou menos, trabalhar com a Sofia é complicado, ela nunca age como que eu planejo). O que posso adiantar é que Perdida 2 começa exatamente onde termina o Perdida, com preparatórios para o casamento. Haverá novos personagens como a tia Cassandra, único parente vivo de Ian e Elisa que mora no Brasil, e os velhos amigos foram mantidos. A trama se desenrola a partir de um desses velhos personagens, e Elisa e Teodora serão o motivo de toda a confusão. Vou trabalhar com o grande medo de Sofia. Essa dúvida ficou rondado a cabeça dela (e a minha) por um bom tempo depois que conclui Perdida. Finalmente tenho a resposta e é isso que vou contar para vocês em breve.

 
Viviane Dias - Birigui/SP - De onde surgiu a ideia de um celular que viaja no tempo? E por que um celular?
CR Hahahahaha Achei que um celular era mais fácil de esconder que um carro (mais alguém aqui é fã de "De Volta Para o Futuro"?). Quando comecei a escrever Perdida, a Sofia já estava no século 19 e eu não fazia ideia de como ela tinha chegado lá. Então, numa conversa com uma das minhas melhores amigas no mundo, ela contou que tinha afogado seu celular numa privada. Eu achei genial e já comecei a ver a Sofia atrás de um novo aparelho e viajando no tempo.
 
Shayanne Limongi - São Paulo/SP - Você tem a intenção de reescrever a versão de "Perdida" sob perspectiva do Ian?
CR Não. Eu não me sentiria motivada a contar uma história que todo mundo já sabe como termina. Eu tenho algumas cenas de Perdida sob a ponto de vista do Ian (e de Elisa e até de Teodora), mas não passam de exercício de personagem, sabe? Para que eu pudesse entender o que estava acontecendo quando a Sofia não estava olhando. Depois do relançamento de Perdida pela Verus Editora pretendo postar algumas dessas cenas no meu blog.
 

BLE - Você se considera uma pessoa divertida? Porque, "Perdida" e "Procura-se um Marido" são extremamente engraçados. Como é o processo de criação para o gênero?
CR - Ai, acho que não sou divertida, não. Sou bem tímida na verdade.
Não sei bem como definir o processo de criação. Eu não penso em escrever algo engraçado, simplesmente sai. Sou péssima contadora de piadas, sempre estrago o final, então é bastante surpreendente quando alguém me diz que riu muito com uma das minhas histórias. Acho que sou a única pessoa que leu Perdida e tem vontade de chorar na cena da casinha. rsrs


Sandy Melo - Fortaleza/CE - Existe a possibilidade de vir "babys" por aí? Nem precisa dizer se é da Alicia, ou da Sofia, ou da próxima heroína Luna, só se vai ter "babys".
CR Sim, sim, sim! ;)

Leandro de Lira - Nova Iorque/NY - Qual foi sua principal inspiração para criar o Max?
CR Você vai acreditar se eu disser que eu não crio meus personagens de forma consciente? Eles meio que aparecem prontos, com rostos e personalidades e particularidades. Eu suspeito que o Max, em específico, tenha nascido da minha paixão pelo Sr. Darcy, mas não foi uma decisão consciente. Ele simplesmente estava ali.

 
BLE - Complementando a pergunta, você se inspira em pessoas reais para compor os personagens, ou eles são entidades que simplesmente surgem num surto criativo? Lemos que você é "assombrada" por Sofia às vezes.
CR Ah, a Sofia e agora o Dante estão me enlouquecendo...
Vou confessar que ás vezes eu me sinto uma fraude quando ouço alguém dizer "a Carina construiu personagens" ou "ela compôs os personagens" , porque na verdade eu não construí nem compus nada de propósito. É como ter amigos imaginários, sabe?  Eles simplesmente aparecem e são como são. Eu só escrevo o que vejo.



Aline Peneluppi - São José dos Campos /SP - Você pretende continuar "Procura-se um Marido" com o Max e Alicia como protagonistas, ou só na versão do Marcus, irmão do Max?
CR Eu ainda não sei. Estou namorando a ideia de uma sequência de Procura-se um Marido. É difícil me desligar da Alicia. De todas as minhas personagens, essa é uma das que mais amo. Vamos ver até onde ela vai, e se eu acreditar que a história é boa, pode ter certeza que vocês vão ter notícias.
Só uma correção, o spin-off de Procura-se um Marido não será na visão do Marcus. Ele será meu herói sim, mas o livro será narrado por Julia. Ela foi apresentada brevemente em Procura-se Um Marido (página 273). Mas sabe quando você olha para um personagem e simplesmente conhece a história dele e precisa contar para alguém? Foi assim que me senti quando a vi. Ela meio que brilhava rsrs.



BLE - Complementando a pergunta, você postou no seu perfil no Facebook, que certo dia estava no sofá tranquila e começou a pensar em situações novas entre a Alicia e o Max, que poderia vir a ser uma continuação de "Procura-se um Marido". Você pretende, no futuro, concretizar essa "visão"?
CR Eu realmente não sei. Vi algumas cenas (meio e final do que pode ser um livro) e fiquei superempolgada. Trabalhar com a Alicia é uma delícia, morro de saudades delas. Seria o máximo poder voltar para ela em breve, mas preciso pensar bem antes, ver se a trama tem fôlego para mais um livro. Já vi muito autor lançar sequências e estragar tudo. Não quero ser esse tipo de autora.


BLE - Você acabou de escrever "No Mundo da Luna", quando será lançado? Precisamos dele! Conta um pouquinho da história?
CR Estou revisando o texto, dando acabamento e brilho, para então enviá-lo a editora. Apesar de hoje estar em uma grande editora, o processo de seleção continua sendo o mesmo: minha obra é avaliada e pode ou não ser aceita. É obvio que eu espero ser aceita, mas a avaliação, as possíveis mudanças que possam surgir... tudo isso leva muito tempo. Muitos de vocês não devem estar habituados com o universo editorial, mas em média se trabalha com um ano de folga. Por isso eu não sei dizer exatamente quando ele será lançado. Além do mais, é preciso levar em consideração a estratégia de marketing da editora. Já fui sondada a respeito da sequência do Perdida (e do Procura-se Um Marido, aliás), a ordem em que esses livros serão lançados é uma decisão da editora, não minha.

Bom, o que eu posso adiantar sobre No Mundo Da Luna... Humm... Acho melhor deixar a sinopse para não dar spoiler rsrs.

"A vida de Luna está de cabeça para baixo. O namorado está de caso com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina mecânica que com ela e seu emprego é uma droga.
Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas financeiros e o quadro de funcionários acaba sendo reduzido.
É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo de Luna. Embora não acredite em misticismo, forças ocultas, magia, e não tenha a menor ideia de como criar um mapa astral, ansiosa em dar o primeiro passo para se tornar a jornalista que sempre sonhou, ela aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser?
Luna não desconfia das confusões que o futuro lhe reserva. Dentre elas, uma arrebatadora e irresistível paixão que mudará sua vida para sempre. A história de amor perfeita... Se não fosse com o homem errado."

 
BLE - Nós lemos que você tem um projeto de um romance sobrenatural intitulado provisoriamente de "Luz na escuridão", com princesa, guerreiro irlandês e bruxas. Você pode contar mais um pouquinho sobre esse projeto? Ele é seu próximo projeto da lista?
CR - Não tenho certeza se posso classificá-lo como sobrenatural, ele segue a linha do Perdida, mais fantasioso, um conto de fadas mas com um pé no chão. Eu embasei parte da trama em fatos reais da Ilha Esmeralda, fiz muitas pesquisas sobre a história e mitologia da cultura celta e o resultado me agradou demais.
Ainda não sei bem como vou chamá-lo. Luz na Escuridão tem muito a ver, mas achei dark demais para o tipo de literatura que escrevo. Aí pensei em “Até você chegar” ou “Enquanto você não vem”, mas não me decidi ainda. Por enquanto chamo de “meu irlandês” mesmo. Trabalhei com duas tramas paralelas nesse livro que acabam se entrelaçando em algum momento, e dois períodos diferentes. A história é narrada pela brasileira Briana na maior parte do tempo, uma garota cheia de problemas que tem sonhos muito estranhos e igualmente reais desde a infância com um cara que não existe. Ou ao menos era o que ela pensava.  

 


Shirlei Ramos - São Paulo/SP - Você já acordou de madrugada no meio de um "surto criativo" e teve que levantar correndo para colocar tudo no papel (ou computador) por medo de esquecer?
CR Ô! Tantas vezes que já perdi as contas! Mas não corro para o computador nem anoto no papel. Uso o aplicativo de texto do celular mesmo. Às vezes escrevo capítulos inteiros nele e depois envio para o meu e-mail e uno ao arquivo original. A Sofia é uma das que mais me dá trabalho na madrugada. Sempre foi assim com ela rsrs.


Fabiola Luz- Toledo/PR - Qual foi o local mais inusitado que você teve uma ideia pro seu livro?
CR Nossa, essa é difícil. Não sei porque mas quando estou no banho parece que meu lado criativo aflora. Vivo correndo embrulhada na toalha em busca do meu celular para anotar as cenas ou a ideia que tive. Mas acho que a mais esquisita mesmo foi quando eu estava no consultório médico, estava tocando uma música da Adele (a culpada por "meu irlandês" existir) enquanto eu esperava o médico me examinar. Aí ele entrou na sala e começou a me fazer perguntas, mas eu estava bem no meio do "filme" e queria dizer a ele "Peraí, caramba! Fica quieto, me deixa ver como isso termina", mas tive que ligar o pause e adiar o desfecho até o fim da consulta.



BLE - Complementando as perguntas, vimos em algum lugar, nos corrija se estivermos erradas, que você escreveu algumas partes de Perdida em um celular, verdade?
CR Sim, é verdade. Eu não havia planejado escrever um livro. Usei o app de texto do celular só para ver o que acontecia. Acabei escrevendo muito mais do que o aplicativo suportava, mais ou menos os primeiros 6 capítulos de Perdida. Quando meu celular começou a dar pau foi que percebi que precisava de um computador se quisesse continuar com a brincadeira. E continuei =)



Daniele Nhasser, autora de "Amor, és Real"- Capão Bonito/ SP - Qual foi sua maior dificuldade para a publicação do livro? E como venceu os obstáculos?
CR Acho que a maior dificuldade foi ser lida pelos editores. Mandei meu original para diversas editoras. Algumas me responderam um enorme NÃO, outras nem mesmo isso. Eu entendo a posição das editoras, há um custo alto no lançamento de uma obra, então é preciso ter cuidado com o que será lançando, porém, como um autor pode ser conhecido e apresentado aos leitores se ele não consegue mostrar seu trabalho a ninguém? Eu sou teimosa e com a ajuda do meu marido (que assumiu o cargo de agente e tomou as rédeas da minha carreira) continuamos tentando encontrar um espacinho até que a Verus olhou para mim.



BLE - Já sabemos que você gosta de Jane Austen, Marian Keyes e Nora Roberts, tem algum escritor recente que lhe chamou a atenção?
CR Tem sim! Conheci o trabalho da Judith McNaught há pouco tempo e me encantei.

Li Fazendo meu Filme da Paula Pimenta tem uns meses e, caramba, eu fiquei louca por ela. É como uma Meg Cabot com gostinho de pão de queijo, sabe? Ela é incrível! Uma delícia de ler, virei fã na hora!
E, nessa semana, me encantei com a escrita de Devan Sipher (autor de Um Romântico Incorrigível). Nunca tinha lido um chick lit (meu gênero favorito) do ponto de vista de um homem. Foi amor à primeira lida.


Maria Avila - Manaus /AM - Há quanto tempo você escreve?
CR Comecei a escrever em 2010. Eu queria ser jornalista, mas minha vida tomou outro rumo e esse sonho ficou para trás. Nunca sonhei em me tornar escritora, foi mesmo por acaso.



Maria Avila -  Manaus/AM - Voce se identifica com seus personagens femininos?
CR Algumas vezes. Cada um dos meus personagens tem um pouco de mim (até os masculinos, eu acho). Eu acredito que é normal, já eles habitam o meu inconsciente. A Sofia, por exemplo, sofre com o cabelo como eu. A Alicia tem medo de insetos e eu também. A Luna tem neuras com o peso e eu... ai, melhor nem falar disso agora. Cada uma, a seu modo, tem algo meu, de uma amiga, da vizinha. Talvez seja isso que as torne tão reais para mim.



BLE - Você aderiu a tecnologia? Tem um E-Reader? Seus livros serão lançados em e-book?
CR Tenho um iPad, mas não curto muito. Uso mais para ler aqueles livros que ainda não foram lançados no Brasil ou revisar os meus. A Amazon tem preços bacanas para e-books, e sempre compro alguns lá mas, eu sei lá, não parece um livro se não posso tocar, cheirar, dobrar a orelha das página de minhas cena favorita.

Em meus contratos constam clausulas a respeito de venda de e-books, provavelmente eles serão lançados nesse formato, só não sei quando ainda.

BLE - O que você acha dessa onda de livros eróticos, você leu algum?
CR Qualquer onda literária tem meu apoio total. Desde que leve a pessoa a ler um livro, não importa qual gênero, é sempre maravilhoso. Eu leio de tudo (ah, não é verdade. Não leio autoajuda. Simplesmente não rola), e já li vários eróticos, antes mesmo de entrarem na moda, mas prefiro os mais docinhos, onde sexo é consequência de uma história de amor e não o ponto principal.



BLE - O primeiro livro que eu (Joice) li foi "De onde viemos? - Explicando ás Crianças os Fatos da Vida sem Absurdos", por conta daquelas perguntinhas que eu estava fazendo na época. E eu (Camila) li "A Turma da Rua Quinze" da coleção Vagalume. Qual foi o primeiro livro que você leu?
CR O primeiro livro que eu me lembro é Maneco Caneco Chapéu de Funil, do Luis Camargo. Eu devia ter uns seis ou sete anos e amava aquele livro. Andava para cima e para baixo com ele debaixo do braço e não queria emprestar para ninguém (a bookaholic egoísta em mim é bem velhinha rsrs).



BLE - O que você fazia antes de ser escritora? Você tem outro trabalho paralelo?
CR- Fui funcionária pública, mas larguei tudo para viver meu "felizes para sempre". Pouco depois fiquei grávida e me dediquei inteiramente a minha filha e meu marido até me descobrir escritora, quase três anos atrás.


BLE - Você vai à Bienal no Rio? Nós vamos!
CR Ai, que inveja! A Record (grupo editorial ao qual a Verus pertence) tem um catálogo de autores imenso, e não me passaram nada até agora, mas estou torcendo para poder estar presente nessa festa literária junto com vocês.


BLE - E para finalizar, quais são seus livros preferidos?
CR A lista é gigantesca! Orgulho e Preconceito, Jane Austen, é o primeirão, sempre. Amo também Tem Alguém Aí? e Férias, da Marian Keyes, Feliz Ano Velho, Marcelo Rubens Paiva, Casamento de Conveniência, Georgette Heyer, Menina de Vinte, da Sophie Kinsella, O Diário de Bridget Jones, Helen Fielding, Fazendo Meu Filme, da Paula Pimenta e a séria Academia de Vampiros (culpa de um certo russo), da Richelle Mead.



Obrigada Carina pela atenção e pelo apoio, e aos seus fãs pela participação nessa entrevista.
CR Eu que agradeço, meninas, pelo apoio, pela torcida, pelo carinho que recebo todos os dias. Vocês moram no meu coração e é por vocês que me empenho tanto e tento fazer sempre o meu melhor. =)


Joice Dantas e Camila Vettori

segunda-feira, 4 de março de 2013

Inferno, o novo livro de Dan Brown

O autor Dan Brown lança seu quarto livro sobre o criptologista Robert Landon, que chegará as livrarias do Reino Unido em maio deste ano. No Brasil o livro só será lançado em junho pela Editora Sextante e terá uma tiragem inicial de 300 mil exemplares.



A arte da capa apresenta uma imagem do escritor italiano Dante e como em “O Código Da Vinci”, baseado em teorias sobre a história secreta da Monalisa, “Inferno” será ambientado na Itália e analisará os significados mais profundos do poema de Dante e sua influência na vida moderna.

" No coração da Itália, o professor de simbologia de Harvard, Robert Langdon, é arrastado para um mundo angustiante centrado na história de uma das mais duradouras e misteriosas obras literárias… Inferno, de Dante."
Sinopse:

Robert Langdon luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que puxa para uma paisagem de arte clássica, passagens secretas e ciência futurista. Desenhando o sombrio poema épico de Dante, Langdon começa a correr para encontrar respostas e decidir em quem confiar… antes que o mundo fique irrevogavelmente alterado.


Camila Vettori  =]


sexta-feira, 1 de março de 2013

Walking Disaster

Foi divulgada pela Simon & Schuster a capa inglesa de Walking Disaster, sequencia do livro Belo Desastre da autora Jamie McGuire. A previsão de lançamento é para abril, mas no Brasil vai ser lançado pela Editora Verus somente em julho.
O livro segue a mesma história de seu antecessor, porém dessa vez com a narrativa de Travis. Os outros livros da saga serão protagonizados pelos irmãos de Travis.

Sabemos também que a Warner comprou os direitos de adaptação do bestseller.


Capa Inglesa


Prólogo

Mesmo com o suor em seu rosto e o salto em sua respiração, ela não parecia doente. A sua pele não tinha aquele brilho rosado ao qual eu estava acostumado, e os seus olhos não eram tão brilhantes, porém ainda estava linda. A mulher mais linda que eu já vi.


Sua mão caiu fora da cama, e o seu dedo se contraiu. Meus olhos se arrastaram de suas frágeis, amareladas unhas, para o seu braço fino, até o seu ombro ossudo, finalmente se estabelecendo em seus olhos. Ela estava olhando para mim, suas pálpebras duas fendas, apenas o suficiente para me deixar saber que ela sabia que eu estava lá. Eu amava isso nela. 
Quando ela olhava para mim, ela  realmente me enxergava. Ela não simplesmente olhava através de mim para as outras dezenas de coisas que precisava fazer durante o seu dia, ou apenas se desconectava das minhas histórias estúpidas. Ela escutava, e isso a fazia realmente feliz. Todos pareciam afirmar com a cabeça sem ouvir, mas não ela. Nunca ela.

"Travis" ela disse, sua voz rouca. Ela limpou sua garganta, e os cantos de sua boca viraram-se para cima. "Vem cá, querido. Está tudo bem. Vem cá."

Papai colocou alguns dedos na base do meu pescoço e me empurrou para a frente enquanto escutava a enfermeira. Papai a chamava de Becky, ela entrou em casa pela primeira vez há poucos dias. Suas palavras eram suaves, e o seu olhar era gentil, mas eu não gostava de Becky. Eu não conseguia explicar, mas ela estar lá era assustador. Eu sabia que ela devia estar lá para ajudar, mas não era uma coisa boa, mesmo que o papai estivesse okay com a ela.


A cutucada de papai me empurrou alguns passos para frente, perto o suficiente para onde mamãe pudesse me tocar. Ela esticou os dedos longos e elegantes, e roçou meu braço. "Está tudo bem, Travis", ela sussurrou. "Mamãe quer lhe dizer uma coisa".

Eu enfiei o dedo em minha boca, e o empurrei em torno das minhas gengivas, mexendo. Afirmar com a cabeça fez o seu pequeno sorriso aumentar, então eu quis ter certeza de que estava fazendo grandes movimentos com a cabeça enquanto eu me aproximava de seu rosto. 

Ela usou o que restava de sua força para deslizar para mais perto de mim, então ela respirou fundo. "O que eu vou pedir vai ser muito difícil, filho. Eu sei que você pode fazê-lo, porque você já é um menino grande."

Eu balancei a cabeça novamente, espelhando o seu sorriso, mesmo que eu não quisesse sorrir. Sorrir, quando ela parecia tão cansada e desconfortável não parecia certo, mas ser corajoso a fazia feliz. Então eu era corajoso.

"Travis, eu preciso que você ouça o que eu vou dizer, e ainda mais importante, eu preciso que você se lembre do que vou dizer. Isso vai ser muito difícil. Eu venho tentando lembrar de coisas de quando eu tinha três anos, e eu ... " Ela parou, a dor muito grande por um instante.

"A dor está ficando incontrolável, Diane? Becky disse, empurrando uma agulha na intravenosa da minha mãe.

Depois de alguns minutos, mamãe relaxou. Ela respirou fundo novamente, e tentou de novo.

"Você pode fazer isso pela mamãe? Você pode se lembrar do que eu vou dizer?" Eu balancei a cabeça de novo, e ela levantou a mão para a minha bochecha. 

Sua pele não era muito quente, e ela só poderia manter sua mão ali por alguns segundos antes  que ficasse instável e caísse na cama. "Primeiro, não há problema em ficar triste. Não há problema em sentir coisas. Lembre-se disso. Segundo, seja uma criança durante todo o tempo que puder. Brinque, Travis. Seja bobo" - seus olhos encobertos - "e você e os seus irmãos tomem conta um do outro, e do seu pai. Mesmo quando você crescer e se mudar, é importante voltar para casa. Ok?"

Minha cabeça balançava para cima e para baixo, desesperado para agradá-la.

"Um destes dias você vai se apaixonar, filho. Não se contente apenas com qualquer uma. Escolha aquela garota que não venha fácil, aquela que você tenha que lutar, e nunca parar de lutar. Nunca" - Ela respirou fundo - "pare de lutar pelo que você quer. E nunca" - suas sobrancelhas se juntaram - "esqueça que a mamãe ama você. Mesmo se você não puder me ver." - uma lágrima escorreu pelo seu rosto - "Eu irei sempre, sempre amar você."

Ela respirou com dificuldade, e depois tossiu. 


"Ok," disse Becky, colocando com aparência engraçada em seus ouvidos. Ela segurou a outra extremidade no peito da mamãe. "Hora de descansar."

"Sem muito tempo," mamãe sussurrou.

Becky olhou para papai. "Nós estamos chegando perto, Sr. Maddox. O senhor deveria provavelmente trazer o resto dos garotos para cá para que eles possam dizer adeus."

Os lábios do papai formaram uma linha dura, e ele balançou a cabeça. "Eu não estou pronto", ele deixou escapar.

"Você nunca estará pronto para perder a sua esposa, Jim. Mas você não quer deixá-la ir sem que os garotos digam adeus."

Papai pensou por um minuto, limpou o nariz com a manga, e depois assentiu. Ele pisou fora da sala, como se ele fosse louco. 

Eu observei mamãe, eu a observei tentando respirar, e vi Becky verificando os números na caixa ao lado dela. Eu toquei o pulso da mamãe. Os olhos de Becky pareceram saber algo que eu não sabia, e isso fez meu estômago embrulhar.

"Sabe, Travis," disse Becky, inclinando-se para que ela pudesse me olhar nos olhos, "o remédio que eu estou dando para sua mamãe vai fazê-la dormir, mas mesmo que ela esteja dormindo, ela ainda pode ouvi-lo. Você ainda pode dizer a mamãe que você a ama e que você vai sentir a sua falta, e ela vai ouvir tudo o que você disser."

Eu olhei para mamãe, e rapidamente balancei a cabeça. "Eu não quero sentir falta dela."

Becky colocou a sua mão quente e macia em meu ombro, assim como a mamãe fazia quando eu estava chateado. "Sua mãe quer estar aqui com você. Ela quer muito. Mas Jesus a quer com Ele agora."

Eu fiz uma careta. "Eu preciso mais dela que Jesus."

Becky sorriu, e depois beijou o topo da minha cabeça.

Papai bateu à porta, e depois a abriu. Meus irmãos lotaram o lugar com ele na entrada, e Becky me conduziu pela mão para me juntar à eles.

Os olhos de Trenton não deixavam a cama da mamãe, e Taylor e Tyler olhavam por toda parte exceto a cama. Isso me fez sentir melhor que de alguma forma todos eles pareciam tão assustados quanto eu me sentia.

Thomas ficou do meu lado, um pouco à frente, como na vez em que ele me protegeu quando nós estávamos brincando no quintal da frente, e os filhos dos vizinhos tentaram comprar uma briga com Tyler. "Ela não parece bem," Thomas disse.

Papai limpou a garganta. "A Mamãe tem estado muito doente há algum tempo, garotos, e é a hora de...é hora dela..." Ele parou.

Becky ofereceu um pequeno, compreensivo sorriso. "Sua mãe não tem comido ou bebido. Seu corpo a está deixando. Isso vai ser muito difícil, mas é um bom momento para dizer à mãe de vocês que vocês a amam, e que vão sentir falta dela, e que ela pode ir. Ela precisa saber que está tudo bem."

Meus irmãos assentiram com a cabeça ao mesmo tempo. Todos eles menos eu. Não estava tudo bem. Eu não queria que ela fosse. Eu não ligava se Jesus a queria ou não. Ela era minha mãe. Ele podia levar uma mãe mais velha. Uma que não tivesse garotos pequenos para tomar conta. Eu tentei me lembrar de tudo o que ela me disse. Eu tentei grudar tudo dentro da minha cabeça: Brincar. Visitar papai. Lutar pelo que eu amo. A última coisa me incomodou. Eu amava mamãe, mas eu não sabia como lutar por ela.

Ela inclinou-se ao ouvido do meu pai. Ele balançou a cabeça, e então assentiu para os meus irmãos. "Ok, garotos. Vamos nos despedir, e então você tem que colocar os seus irmãos na cama, Thomas. Eles não precisam estar aqui para o resto."

"Sim, senhor," Thomas disse. Eu sabia que ele estava fingindo um rosto corajoso. Seus olhos estavam tão tristes quanto os meus.

Thomas falou com ela durante um tempo, e 
depois Taylor e Tyler sussurraram coisas para ela. Trenton chorou e a abraçou por um tempo. Todos disseram que estava tudo bem que ela nos deixasse. Todos menos eu. Mamãe não respondeu nada dessa vez.

Thomas ele puxou a minha mão, me levando para fora do quarto. Eu andei para trás até que estávamos no salão. Eu tentei fingir que ela só estava indo dormir, mas na minha cabeça tudo ficou vago. Thomas me pegou e me carregou escadas acima. Seus pés subiram mais rápido quando o choro do papai atravessava as paredes.

"O que ela disse para você?" Thomas perguntou, enquanto ligava a torneira da banheira. 

Eu não respondi. Eu o ouvi perguntar, e eu lembrei da forma como ela me disse, mas as minhas lágrimas não funcionavam, e nem a minha boca. 

Thomas puxou a minha camisa suja sobre a minha cabeça, e o meu short e a minha cueca para o chão. "hora de entrar na banheira, maninho." Ele me levantou do chão e me sentou na água quente, molhando o pano, e apertando-o sobre a minha cabeça. Eu não pisquei. Eu nem mesmo tentei tirar a água do meu rosto, mesmo que eu odiasse isso.

"Ontem, mamãe me disse para tomar conta de você e dos outros, e para tomar conta do papai." Thomas cruzou as mãos na borda da banheira e apoiou o queixo sobre elas, olhando para mim. "Então é isso o que eu vou fazer, Trav, ok? Eu vou tomar conta de você. Então não se preocupe. Nós vamos sentir falta da mamãe juntos, mas não tenha medo. Eu vou ter certeza de que está tudo bem. Eu prometo."

Eu queria assentir, ou abraçá-lo, mas nada funcionava. Mesmo agora que eu deveria estar lutando por ela, eu estava aqui em cima, em uma banheira cheia d'água, ainda feito uma estátua. Eu já a decepcionara. 
Eu prometi à ela na minha cabeça que faria todas as coisas que ela havia me dito assim que o meu corpo voltasse a funcionar. Quando a tristeza fosse embora, eu iria sempre brincar, e eu iria sempre lutar. Muito. 





Belo Desastre é um dos meus livros preferidos, estou MEGA ansiosa pra ler o livro no ponto de vista do Travis e mais ansiosa ainda para que a Warner lance a adaptação!

Camila Vettori  =]